segunda-feira, 16 de julho de 2012

10 razões para amar o frio !!!

1 – As pessoas ficam mais bem vestidas e cheirosas (mesmo em horários de pico em conduções superlotadas) 2 - Você não sente sua pele queimando com o sol e não fica vermelho igual um pimentão;
3 – O Cabelo fica mais bonito e a pele menos oleosa;
4 – A academia fica vazia e sobra espaço para você fazer seus aparelhos tranquilamente;
5 – Não aparecem as pragas como (mosquitos, baratas e todo tipo de inseto)
6 -  Você não precisa ver ninguém com o cofre de fora, nem marcas de suor nas roupas de quem não conhece;
7 – Fica mais prazeroso comer chocolate;
8 – A maquiagem dura o dia todo e as espinhas desaparecem;
9 – Fica bem mais gostoso dormir e ver filme;
10 – O por do sol fica muito mais bonito...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Hospital Maternidade Cristo Rei

O Hospital Maternidade Cristo Rei passou a me incomodar desde a primeira vez em que tive que ir em direção ao metrô carrão a pé.
A rua com pouca iluminação, vidros quebrados, um monte de lixo e as pichações no prédio nos fazem esquecer que passamos alguns metros da Avenida Celso Garcia, para entrar em um filme de suspense e horror.
Em frente dorme um morador de rua, o único que permaneceu após o incêndio ocorrido no dia 5 de abril de 2011 e junto dele permanece dormindo as autoridades que nada fizeram para aproveitar o espaço do Hospital, fechado há quase uma década.
A fila do Hospital Municipal do Tatuapé só aumenta e o espaço que poderia ser aproveitado para atender a população que não tem outra alternativa se não o precário Sistema Único de Saúde – SUS permanece inútil.
A única medida paliativa, pois não resolve em nada o problema foi colocar muros para evitar a invasão por moradores de rua e dependentes químicos que usavam as dependências do hospital.
Em 8 de agosto de 2011 o Hospital foi leiloado no valor de 3,33 milhões para a empresa N.A.R Negócios Empresariais e Participações Ltda, mas a empresa não pretende fazer nenhuma obra social ou reabrir o hospital.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

80 km por hora era o que dizia a placa a caminho da praia de Santos. No carro a musica estava alta estremecia os bancos com as batidas do som.
Estava animado, acelerado tudo junto, estávamos apenas a caminho e meu amigo dirigia em alta velocidade. Como sempre dizia “sou piloto brother sei dirigir até em Braille” referindo-se aquelas tartarugas amarelas que ficam pela estrada. Jogando o carro para um lado e para o outro.
Estava ansioso para chegar logo, mas paramos em um posto de gasolina e compramos o que chamávamos de “esquenta” com bebidas alcoólicas e energéticos. Aquilo me animou e apesar da lei seca ninguém se importou afinal já estávamos quase na praia.
Seria um dia maravilhoso se eu consegui-se ao menos lembrar todos os detalhes.
Ao final do dia já estávamos cansados, exaustos e resolvemos voltar para a capital.
Na estrada paro para avisar minha mãe que estou bem e voltando para casa em Mogi das Cruzes interior de São Paulo.
Com o som em alto volume para manter meu amigo, o piloto, acordado após um dia inteiro de farra.
Olhei no celular e havia várias chamadas não atendidas.
- Ah deve ser da rota. Disse meu amigo referindo-se a minha namorada.
Carlos estava no banco de trás do corsa preto já em alta velocidade.
Dei risada não liguei muito. Afinal era o último dia que iria me dar ao luxo de beber assim a ponto de não me lembrar de nada.
Meu casamento estava marcado para o fim do ano e eu já havia prometido a mim mesmo nunca mais beber.
Ainda olhando para o celular percebi o carro virar. Na direção da calçada notei o poste chegando perto em questão de segundos.
Quando me dei conta o pára-choque já tinha perfurado minha barriga.
Naquele momento pensei que poderia ter evitado todo aquele sofrimento, tinha medo de morrer, não queria partir, olhei para a estrada e os carros parando para ver o acidente.
apenas pude ver o sangue vinho escuro escorrer em minhas pernas era quente e vibrante.
Foi tão rápido ainda estava anestesiado pelo efeito do que tinha tomado e quase não senti a dor do impacto.
Tirei o sinto de segurança ainda consciente. – Mas que segurança eu pensei!
Não sentia minhas pernas e meu amigo olhou para mim assustado. Só ai percebi o que realmente tinha acontecido.
Pude ainda abrir a porta e me rastejar um pouco. Com o celular ainda em minhas mãos gritei para meu amigo “o Piloto”...
Ligue para minha mãe agora! Não me deixe morrer!
Nestes segundos que pareciam não ter fim só me vinha à lembrança de meu pai, e o pensamento do quanto minha vida era frágil.
Sim, porque já não havia uma segunda chance eu havia perdido tudo.
Nosso corpo é como um papel que se rasga em um instante... Há um minuto eu estava rindo e agora tenho medo de nunca mais poder rir de novo.
Minha expressão de dor invade meu rosto. Podia sentir o chão estremecer com a batida da musica que ouvíamos no carro.
Havia perdido muito sangue e fui levado inconsciente, porém ainda vivo para o hospital.
Todas as alegrias do casamento os filhos que poderia ter, perdi tudo por mais um momento de prazer e inconsciência.
Os médicos fizeram de tudo para me animar, mas infelizmente não foi possível.
Meu amigo “o piloto” e Carlos o rapaz que estava no banco de trás. Não sofreram nada além de algumas escoriações.
Ainda posso sentir a dor de minha mãe e o choro desesperado de minha noiva.
Não vi, não senti, não vivi... E realmente nunca mais coloquei uma gota de álcool na boca.